Ou «tabernáculo» é o pequeno recinto, à semelhança de caixa ou armário, onde se guarda a Eucaristia depois da celebração, para que possa ser levada aos doentes ou dela possam comungar, fora da Missa, os que não puderam participar nela.
A palavra «sacrário» indica que é o lugar onde se «guarda o sagrado». Tabernaculum, em latim, significa «tenda de campanha»: daí a Festa judaica dos Tabernáculos ou das Tendas de Israel e, sobretudo, a «tenda do encontro» que era o seu ponto de referência, ao longo da travessia do deserto. Agora, a verdadeira «tenda» é o próprio Cristo (cf. Heb 9,11.24), o Verbo que se fez carne e montou a sua tenda entre nós (cf. Jo 1,14).
Nos primeiros séculos, guardava-se a Eucaristia em casas particulares, com todo o respeito, e, a seguir, ao construírem-se as igrejas, num anexo da ¬sacristia, ou ainda, num cofrezinho dentro do presbitério. A partir do século XI, colocava-se este sacrário em cima do altar, ou melhor ainda, dentro de uma «pomba» dependurada sobre o altar.
Presentemente, o sacrário não se coloca sobre o altar: «Por isso, em razão do sinal, convém mais à natureza da celebração que, no altar onde é celebrada a Missa e já desde o princípio, não exista a presença eucarística de Cristo pela Reserva das sagradas espécies no tabernáculo, uma vez que essa presença é o fruto da consagração, e como tal deve aparecer» (RCCE 6; EDREL 761). A Eucaristia reserva-se num só sacrário, em cada igreja ou ora¬tório, colocado num lugar nobre e destacado, convenientemente adornado, inamovível, de matéria sólida e não transparente, fechado com chave, num ambiente que torne fácil a oração pessoal fora do momento da celebração e, portanto, o melhor local é numa capela separada.
Junto ao sacrário, luz constantemente uma lâmpada, com a qual se indica e honra a presença de Cristo. A presença do Senhor no sacrário indica-se, além disso, se for o modo determinado pela autoridade competente, por meio do conopeu (véu do tabernáculo) (cf. IGMR 314-317; RCCE 9-11).
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