Ao grito dos dez homens que a lepra irmanou, Jesus, que a todos escuta e a ninguém deixa indiferente, responde de imediato “Ide mostrar-vos aos sacerdotes”. E eles foram. E enquanto caminhavam sentiram-se curados.
Perdidos no turbilhão da sua felicidade pela saúde recuperada, e antevendo os abraços reencontrados com os familiares, amigos e vizinhos, nove deles não voltam atrás, nem para dizer um “muito obrigado”.
Um, porém, que por acaso era samaritano, regressa, volta atrás, lança-se aos pés de Jesus, abraça-o e agradece-lhe. Descobriu que não lhe bastava para ser feliz recuperar a saúde, regressar aos seus, à família, à sua vida normal…
Dez foram os curados, observa Jesus, mas só um deles se salvou. Ao contrário dos nove, para o samaritano não lhe bastava a cura, mas a comunhão com aquele que o tinha curado. Sentia-se outro, diferente, por dentro e por fora. E voltou agradecido e convertido e salvo.
P. Fausto
in Diálogo nº 1926 (Domingo XXVIII do Tempo Comum – Ano C)
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