Nem só de pão…

Com a quarta-feira de cinzas começa o tempo da Quaresma, verdadeiro retiro espiritual orientado pela Palavra de Deus e marcado pela oração mais intensa, pela caridade mais diligente e pela participação nos mistérios da renovação cristã, como recorda um dos prefácios deste tempo litúrgico.
Como é habitual, o Evangelho do primeiro domingo da Quaresma começa com a narrativa das tentações de Jesus, no deserto, que são as tentações do homem de todos os tempos e lugares: ambição, vanglória, satisfação dos sentidos, individualismo…
Desta realidade ninguém está imune, mas nos maiores decisores contemporâneos, estas tentações adquirem verdadeiramente dimensão universal e cósmica, pondo em risco a paz e o respeito pela soberania dos Estados, o desenvolvimento dos povos e a defesa comum desta terra, que Deus criou e oferece ao homem para cultivar e usufruir por todos.
Para estes e também para nós, a Quaresma é especialmente um tempo precioso de conversão, para se realizar o sonho de Deus e cuidar o coração para a celebração das Santas Festas Pascais. Nada disto, porém, acontecerá, se não aprendermos com Jesus a vencer as tentações no quotidiano das nossas vidas.

P. Fausto

in Diálogo nº. 1904 (Domingo I da Quaresma – Ano C)

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