Lucas, o Evangelista que nos vai guiar este ano, ao narrar-nos a cena inicial do ministério de Jesus, prende a nossa atenção, pelos pormenores relatados: Jesus, terminada a leitura, enrola o livro, entrega-o, senta-se, faz silêncio e olha para todos e todos têm nEle fixo o olhar. O momento é solene!
E não seria para menos, porque se trata, antes demais, de anunciar o seu programa de vida, que traz alegria, liberdade, olhos verdadeiramente novos e libertação, a uma humanidade pobre, prisioneira, cega e oprimida, e, como se fosse pouco, em jeito de conclusão, vem “para proclamar o ano da graça do Senhor”. E nada de pesos, nada de leis, nada de castigos, nada de juizos éticos ou exigências morais!
Se no domingo passado, para mostrar que Deus é festa e aprecia a nossa alegria, Jesus muda a água em vinho num casamento, em Caná da Galileia, hoje, na Sinagoga de Nazaré, com muito mais pormenores e solenidade, revela que DEUS NÃO É SÓ BOM, MAS É EXCLUSIVAMENTE BOM, INCONDICIO-NALMENTE BOM.
E esta é a Boa Nova que a humanidade precisa de continuar a ouvir e ver testemunhada na vida de todos os discípulos de Cristo.
P. Fausto
in Diálogo nº. 1898 (Domingo II do Tempo Comum – Ano C)
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