É curioso que S. João ponha Jesus no princípio da sua vida publica a participar numa longa festa em Caná. E logo num casamento, que demorava, segundo os costumes, alguns dias!
Com este acontecimento o evangelista quer-nos revelar, antes de mais, que Jesus é o rosto e a presença de um Deus que aprova, aprecia e compraz-se com a alegria dos homens. É um Deus de festa… e quando no casamento falta o vinho, elemento indispensável na mesa festiva, acolhe, sem reparos nem resistências, a observação de Sua Mãe, sempre atenta, delicada e discreta: “Não têm vinho”. E da “falta de vinho”, na nossa vida concreta, não estamos livres!
E sempre que ao longo da vida nos faltar aquele “vinho” de alegria, de paixão, de entusiasmo, de vitalidade, de frescura, que dá qualidade e sabor mesmo às pequenas coisas… que fazer?
O Evangelho parece sugerir-nos uma frase de Maria, Mãe de Jesus, também Ela convidada para a festa e sempre atenta e de nós próxima: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. E os serventes fizeram. E houve vinho em abundância e muito bom. E a alegria voltou ao rosto e ao coração de todos os convivas.
P. Fausto
in Diálogo nº. 1897 (Domingo II do Tempo Comum – Ano C)
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