No Evangelho de hoje o centro das atenções vai para uma viúva pobre. Ninguém dá por ela, de tão discreta que é, excepto Jesus que, sentado perto da caixa de esmolas, observa como as pessoas fazem o seu ofertório. Há de tudo. Os importantes, influentes e bem vestidos, olhando para um e outro lado para não passarem despercebidos, deitam “quantias elevadas” e uma mulher, pobre e viúva, deita apenas e discretamente duas moedinhas.
Não é que Jesus estivesse interessado no resultado do ofertório, mas, aproveitando o momento, chama os discípulos para lhes dar, e a nós também, uma grande lição : “Esta pobre viúva deitou no tesouro do templo mais do que todos os outros”. Todos eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha.
Como é diferente a “balança” de Deus da nossa! Nós vemos quantidades e Deus o amor, nós vemos as aparências e Deus, pelo contrário, vê o coração.
Esta mulher, que “deu tudo quanto possuía para viver”, torna-se, assim, verdadeira Mestra sem palavras a ensinar-nos que só tem valor aos olhos de Deus o que se faz ou dá com discrição e amor.
P. Fausto
in Diálogo nº. 1887 (Domingo XXXII do Tempo Comum – Ano B)
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