Os discípulos andam “numa de queixinhas” uns com os outros, e desta vez é João a queixar-se a Jesus de um homem que realizava coisas extraordinárias, inclusivé exorcismos, mas, por não ser do grupo, devia ser admoestado e impedido. A resposta do Mestre não se fez esperar: “Não o proibais… quem não é contra nós é por nós”.
Enquanto que para Jesus o importante é acudir às necessidades das pessoas, porque o bem é sempre bem, vindo de onde vier, para os apóstolos o mais importante é pertencer ao “grupo dos doze”. A tentação dos discípulos, porém, de levantar barreiras, erguer cercas e defender o grupo, também é de hoje. Não repitamos os seus erros.
Quantos no mundo, pelo bem que fazem, seguem a Cristo sem o saber! Não pertencem ao Grupo, é verdade, não são homens da Igreja, nem mesmo são baptizados, mas, pelo esforço em tornar o mundo melhor, fazem acontecer o Reino de Deus e seguem Cristo, que nos deixa o mandamento do Amor, como sinal de pertença ao Reino, sem barreiras nem fronteiras.
P. Fausto
in Diálogo nº.1881 (Domingo XXVI do Tempo Comum – Ano B)
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