Na escola de Jesus todos os momentos são importantes, mesmo o tempo das longas e suadas caminhadas, como a de hoje em terras de Cesareia de Filipe. Sem guião mas sempre com objectivos claros, Jesus não perde tempo e, em jeito de sondagem, pergunta aos discípulos: “Quem dizem os homens que Eu sou?”.
Com a resposta bela, mas não satisfatória, vem outra pergunta: “Mas vós, quem dizeis que Eu sou?” Pedro, que não andara em nenhuma escola rabínica, nem seriam profundos os seus conhecimentos teológicos, responde com desassombro: “Tu és o Messias”.
Jesus não quer, em verdade, que os discipulos se contentem com aquilo que ouvem dizer, não pede definições abstractas ou fórmulas aprendidas de cor, mas o relato de uma verdadeira experiência. E foi o que aconteceu com Pedro.
Que resposta daríamos a Jesus, se nos perguntasse: quem sou Eu para ti? Os livros e catecismos são importantes, mas a resposta é de carácter pessoal, resultante de uma verdadeira experiência de encontro com o Senhor, sem a qual poderemos saber muitas coisas de Jesus, mas não seremos verdadeiramente Seus discipulos.
P. Fausto
in Diálogo nº. 1879 (Domingo XXIV do Tempo Comum – Ano B)
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