Beatriz de Silva nasceu na Europa em 1424, numa família nobre. Foi educada para ser uma dama nobre da corte da Rainha Isabel de Portugal (casada com o Rei de Castela). Era uma jovem muito bela, e o seu encanto fascinava todos quantos a conheciam, muito jovens a pediram em casamento, mas ela tinha um segredo: desejava entregar-se a Deus.
A fama de beleza e encanto de Beatriz era tal que até a própria rainha começou a sentir ciúmes. Ela planeou livrar-se dela, esperou o momento e, quando teve oportunidade, trancou-a num baú num corredor escuro e solitário. Beatriz, colocada naquela estreita prisão, entregou-se às mãos da Providência e confiou-se à Santíssima Virgem com grande ternura e devoção. Nesse momento apareceu-lhe a rainha do céu com um hábito branco e manto azul, e depois de confortá-la com carinho maternal disse-lhe: “Beatriz: quero que fundes uma nova Ordem em honra da minha Imaculada Conceição, usando um hábito branco e manto azul, como o que Eu carrego.”
Beatriz ficou três dias trancada naquele túmulo escuro sem comer nem beber. Vendo que os dias passavam e ninguém aparecia, foi o seu tio quem a procurou e a encontrou. Beatriz abandonou imediatamente a corte e, fugindo de tudo, juntamente com alguns criados que a acompanhavam, trancou-se numa vida de solidão e oração. Durante muitos anos esteve no convento feminino da Ordem de São Domingos, até que finalmente fundou a nova Ordem religiosa com o nome de “Ordem da Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria”.
Beatriz de Silva foi beatificada pelo Papa Pio XI em 28 de julho de 1926. Canonizada em 3 de outubro de 1976. A Igreja comemora a sua memória a 17 de Agosto.
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