De sábado fala hoje a primeira leitura e o Evangelho. O sábado, o dom mais precioso e original de Israel, tornou–se a norma que marca o ritmo de trabalho e de festa, o ritmo septenário do homem e de Deus, de tal modo respeitado, que não permitia qualquer tipo de actividade, nem sequer acender o lume ou levar o gado a beber.
Por ser tão sagrado, colher espigas ao sábado para matar a fome, como fez David e os seus companheiros, ou curar a mão do homem, como Jesus fez na sinagoga, eram infracções graves à santidade do sábado e razão para o escândalo dos fariseus.
Ao curar a mão do homem num sábado, Jesus não se insurge apenas com as excentricidades jurídicas e religiosas, então em vigor, mas, ao proclamar o primado da pessoa humana, mesmo doente e frágil, anuncia-se como Senhor do sábado e reconhece que veio ao mundo para estar sempre ao lado dos doentes, dos pobres e dos servos. Nunca da lei. Para escândalo de todos.
P. Fausto
in Diálogo nº. 1871 (Domingo IX do Tempo Comum – Ano B)
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