A sorte do mundo não é decidida na Roma Imperial, mas em Nazaré, na Galileia, um recanto perdido na periferia das periferias do imenso império romano. Numa sociedade estruturalmente maxista, em que o poder é dos homens anciãos, Deus dirige-Se, quem diria, a uma jovem rapariga, propondo-lhe aceitar a mais bela e desejada missão: Ser a Mãe do Salvador. E assim aconteceu !
Em Belém, onde se fora recensear com o esposo, Maria deu à luz o seu Filho primogénito. “Envolveu-O em panos e deitou-O numa manjedoura”, por não haver outro lugar para nascer. Assim, Deus abandona-se nas mãos de uma jovem mulher, e esta, com a solicitude providente e amorosa do esposo José, alimenta-O de leite, de carícias e de sonhos. Que Família tão Sagrada, cuja contemplação nos ajuda a reorganizar a vida !
No Natal Deus recomeça uma nova ordem e entra no mundo precisamente a partir dos últimos, a partir do ponto mais baixo, para que ninguém, por mais difícil que seja a vida, se sinta abaixo dEle e marginalizado por Ele.
Celebremos, então, o Natal, para que, sendo a mais humana e terna festa do calendário litúrgico, nos traga a Alegria doce da presença do Emanuel e nos encha o coração da Esperança que nos compromete na construção de um Mundo Novo de fraternidade, de justiça e de paz.
Para todos um Santo e Feliz Natal.
P. Fausto
in Diálogo nº. 1848 (IV Domingo de Advento – Ano B)
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