Quase no termo do ano litúrgico, Jesus brinda-nos com uma parábola, a dos talentos.
Talentos não são só as nossas capacidades e virtudes, mas também a natureza e as pessoas são dons, quais talentos que devemos fazer crescer e desenvolver sem medo, porque o medo paralisa e torna-nos vencidos e estéreis, como aquele a quem foi confiado apenas um talento.
Somos, então, convidados no Evangelho de hoje a não termos medo, a não metermos medo e a libertarmo-nos do medo. E o medo dos medos é o medo de Deus, que, ao devolver aos servos os talentos que confiou, acrescidos do que ganharam, não se revela um patrão exigente e rigoroso, mas largamente generoso: “Servo bom. Foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes”.
Esta sorte, porém, não merecera o servo que recebera apenas um talento, que escondeu e enterrou com medo do seu Senhor, pensando que assim cumpriria o dever. Enganou-se. Foi traído e bloqueado pelo medo. Esqueceu-se de que somos todos diferentes, com talentos diferentes, mas todos com a responsabilidade de os valorizar maximamente.
As contas de Deus não são quantitativas mas qualitativas, dependendo do amor e empenho em tudo quanto se faz…
P. Fausto
in Diálogo nº. 1843 (Domingo XXXIII do Tempo Comum – Ano A)
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