As palavras e a vida

No Domingo passado Jesus disse que amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos resumia toda a Lei e os profetas.
Esta semana, diante de uma grande multidão, não se poupa em palavras para dizer que é preciso ter cautela com as pessoas, como os fariseus e os escribas, que “atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover”, porque “tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens”.
Pelos vistos, Jesus não suporta mesmo os hipócritas. São moralistas, inclinados à critica, severos com os outros, e sempre escondidos numa aparência de virtude, que não passa de máscara para justificar o seu poder e influência. São verdadeiros atores e homens de teatro de quem Jesus diz “não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem”. E há também outro grupo de pessoas de quem se recomenda muita cautela, a saber, os que se julgam sempre mais que os outros e que julgam ter sempre razão.
O alerta de Jesus aos discípulos e a todos nós, para não nos deixarmos tratar por “Mestres”, nem “Doutores”, ajuda-nos a ter sempre presente a regra de oiro, que já tem mais de dois mil anos, “Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo”.

P. Fausto

in Diálogo n.º1841 (Domingo XXXI do Tempo Comum – Ano A)

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