“A César o que é de César”

Jesus, que no contexto imediato respondia a uma pergunta insidiosa dos seus adversários, recorda-nos que, assim como temos deveres no campo religioso, também os temos no âmbito da sociedade civil.
Este Evangelho devia levar-nos a reflectir sobre o modo como cumprimos os nossos deveres de cidadãos: o interesse pelas instituições públicas, o cumprimento esclarecido do direito e dever de votar, a participação nos acontecimentos que dizem respeito à comunidade, a atenção às causas da saúde, da educação… sem fugir aos impostos. Com efeito, para se ser cristão consciente e responsável não basta ser-se baptizado e bom cidadão, mas, não sendo bom cidadão, também não se é bom cristão.
A resposta de Jesus aos herodianos e aos fariseus, partidos politicamente opostos mas unidos na artimanha da questão, é a chave de leitura para o projecto de vida em que a primazia de Deus supõe e exige o cumprimento das nossas obrigações cívicas. Só assim o mundo se torna melhor porque mais solidário, próspero e pacífico.

P. Fausto

in Diálogo n.º1839 (Domingo XXIX do Tempo Comum – Ano A)

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