Rodeado pelos discípulos, Jesus dirigiu-lhes hoje palavras que nunca tinham ouvido e certamente não alcançaram de todo: “Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo”. Interessante notar que o verbo é “sois” e não “deveis ser ou esforçai-vos por ser”.
Ser luz e sal não é, assim, um elogio, mas uma graça, que, não sendo propriamente resultado de um processo de conversão, é algo que nos responsabiliza, porque se o sal perde o sabor é a lixeira o seu destino . E o mesmo acontece com a luz. Para que serve uma candeia apagada?
Consola-nos o facto de sabermos que, apesar dos nossos limites e fragilidades, Jesus não muda o discurso e mantém também para nós as afirmações dirigidas directamente aos discípulos.
Conscientes disto, cabe-nos, pelo exercício das obras de misericórdia, mais do que por palavras, ser verdadeira luz no mundo e sal da terra.
P. Fausto
in Diálogo n.º 1810 (Domingo V do Tempo Comum – Ano A)
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