Que ficou do Natal ?

Prestes a terminar o Tempo do Natal, o Evangelho da Epifania do Senhor, segundo S. Mateus, indica-nos, ao observarmos o comportamento de Herodes e dos Magos, diferentes caminhos e atitudes para acolher e viver o Mistério de Deus Menino.
A Herodes nada faltava. Além de poder e riqueza, tinha acesso às Escrituras e a quem lhas interpretasse, e, apesar de viver perto de Belém, não viu a estrela, nem ouviu os anjos. Para Herodes nada se passou. O que lhe importava era a coroa e a matança dos inocentes não é senão a tentativa desvairada de defender o seu poder absoluto.
Não nos escandalizemos, porém, com Herodes, porque, também, às vezes, tão absorvidos e exclusivos andamos com os nossos problemas, projectos e correrias, que não enxergamos Deus, que passa por debaixo das nossas barbas.
Celebrámos o Natal. Que ficou desta celebração? A prenda, a consoada, um dia de aconchego à lareira? Tudo isto é importante, e, sobretudo, muito gostoso, mas já foi. E agora? Que lugar, objectivamente, ficou Jesus a ter na nossa vida? Estamos dispostos a ouvi-Lo e a acertar o passo por Ele? Se sim, aprendendo sempre com os Magos, damos reais passos como discípulos de Cristo, ao longo do ano; se não, foi apenas mais um Natal.

P. Fausto

in Diálogo nº. 1806 (Solenidade da Epifania do Senhor – Ano A)

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