Orar sempre ?

Jesus, para mostrar que a oração é fundamental para a vida do cristão, recorre ao exemplo de uma viúva pobre e indefesa, que apenas quer do juiz ateu, egoísta e corrupto, que lhe faça justiça. E não se resigna à inoperância do mesmo. E não se exaspera pelo decurso do tempo. E não a demove a falta de resultados.
Em suma, estamos perante uma mulher que sabe o que quer, que nos ensina a ter fome de justiça e a buscá-la sempre, mesmo quando tudo aconselha a desistir. E venceu a inoperância do juiz, que acabou por responder aos seus legítimos anseios, para deixar de ser por ela importunado.
E Jesus remata: “E Deus não haveria de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite ?”
“Clamar por Ele dia e noite” é o mesmo que “orar sempre sem desanimar”. Como é, então, isso possível, quando o dia é um corre corre… e mal se tem tempo para descansar?
É possível e é necessário, porque a vida de oração não se mede pelo número de orações e não significa passar o dia a repetir fórmulas e invocações.
Com o coração em Deus e Deus no coração, as nossas mãos rezam, porque fazemos com amor o que Deus nos pede no cumprimento dos nossos deveres.


P. Fausto

in Diálogo n.º 1794 (Domingo XXIX do Tempo Comum – Ano C)

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