Atenção aos “Trabalhos de casa”

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Que Jesus é criativo já o demonstrou muitas vezes, mas comparar o Reino dos Céus a 10 jovens, convidadas para a festa de casamento de um amigo comum, é, no mínimo, surpreendente.
Todas deliraram com o convite, sem hora marcada, e o noivo tardou. Caiu, entretanto, a noite. E adormeceram.
Estremunhadas com o bulício dos convidados mal têm tempo de pegar nas candeias, que, prestes a apagar-se, tornam ainda mais penoso o já inseguro e escorregadio caminho. Cinco delas, porém, não esquecem a almotolia com azeite e as outras cinco, excitadas com a festa e pensando ser suficiente a exibição do convite para entrar, mesmo às escuras, não levaram azeite consigo. Aquelas são ajuizadas e prudentes e estas descuidadas.
“Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a apagar-se” . E a resposta parece-nos dura e incompreensível: “Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo”.
Entretanto chegou o noivo e a porta fechou-se. E a festa começou só para os convidados de lâmpadas acesas.
Caminhando já para o final do ano litúrgico, Jesus, com mais esta parábola, não deixa de nos alertar para a importância dos “trabalhos de casa”, para não nos acontecer o mesmo que às jovens descuidadas, que, também convidadas, esqueceram o azeite, querendo entrar na festa nupcial às escuras e de mãos vazias.

P. Fausto

in Diálogo 1716 (XXXII Domingo do Tempo Comum – Ano A)

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