Foi uma semana dramaticamente agitada. Nem tempo houve para fazer luto e preparar o corpo para o sepulcro. Por exigências sabáticas, o corpo de Jesus, descido da cruz, foi rapidamente depositado no túmulo de um amigo de última hora, José de Arimateia. A voz incómoda de Jesus calara-se definitivamente. Para muitos era o fim. Algumas mulheres, porém, entre elas Maria Madalena, nem por um momento deram à noite o coração sossegado, e, antes do amanhecer, aventuram-se ao caminho para o sepulcro, sem se importarem do que pensaria quem as visse, por esses atalhos, tão apressadas, àquela hora. Nas mãos os aromas e no coração a ansiedade. E cansadas chegam ao sepulcro. Não sabem quem, como ou quando, mas vêem a grande pedra revolvida e o sepulcro vazio. Lá dentro, um jovem, vestido com uma túnica branca, diz-lhes com voz clara e doce:”Não vos assusteis. Procurais a Jesus de Nazaré, o Crucificado? Não está aqui. Ressuscitou.” Ide dizer aos discípulos de todos os tempos que a morte não é o fim de tudo e que em nenhuma circunstância, por mais adversa que seja, Deus nos abandona. Porque é Fiel, é dEle, sempre, a última palavra. P. Faustoin Diálogo 1729 (Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor – Ano...