No Evangelho deste 11° Domingo do Tempo Comum, Jesus, “ao ver as multidões, encheu-se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor”. E chamou 12 dos Seus discípulos e enviou-os em missão, com tarefas precisas.
“Curar os enfermos, ressuscitar os mortos, sarar os leprosos, expulsar os demónios, dar sem esperar recompensa…” são tarefas exercidas não por doutores, mestres ou pastores, mas só por quem tem um coração compassivo. Com efeito, em todos os tempos, e no nosso também, há males incuráveis, há feridas crónicas, há situações inexplicáveis e dramáticas, há um cortejo sem fim de infortúnios, mas não há nada, absolutamente nada que não possa ser partilhado, mitigado, suavizado e aliviado. Foi essa a missão primeira que Jesus confiou aos discípulos e para a qual não valem as letras, a carteira recheada ou o brasão de família, mas o coração compassivo.
Na história da Igreja continua actual o convite do Mestre dirigido a todos os baptizados. Não seremos todos missionários da mesma maneira, mas todos devemos participar na missão confiada por Jesus Cristo à Sua Igreja. Que faço eu neste sentido? Alimentar o medo, estimular a cultura do sofá contribuirá para a resposta que nos cabe dar?
Rezar é bom, é muito bom e necessário para que aumente o número de sacerdotes e religiosos/as, mas não esgota a nossa responsabilidade de discípulos de Cristo na construção da comunidade cristã e na vivência hoje do Evangelho.
P. Fausto
in Diálogo 1703 (XI Domingo do Tempo Comum – Ano A)
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