Dois dedos de Liturgia (102)

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– O sacramento da penitência

O seu primeiro sentido é o da «virtude da penitência», como atitude interior de arrependimento, que é a fundamental: a conversão continuada a Deus e a Cristo.
A primeira mensagem de Jesus, e, depois, da comunidade apostólica, foi a conversão e o perdão dos pecados. A reconciliação que Deus nos concedeu em Jesus Cristo, sobretudo na sua morte e ressurreição, agora no-la comunica através do ministério da Igreja, para que os penitentes se tornem partícipes da vitória pascal de Cristo sobre o mal e o pecado. Isto acontece inicialmente pelo sacramento do Baptismo, e, posteriormente, de modo específico, pelo da Penitência (Reconciliação).
Ao longo dos séculos, foi-se organizando o processo da reconciliação sacramental com diferentes formas. Este processo penitencial, que se fazia uma só vez na vida depressa foi considerado demasiado rigoroso. Ao longo dos séculos VII-XI, organizou-se a chamada «penitência tarifada»: com um processo penitencial segundo a gravidade dos pecados, mais personalizado. Depressa se chegou à «penitência privada», na qual se realizava o caminho de conversão e de reconciliação com maior brevidade, seguindo a absolvição imediatamente à acusação pessoal, e com uma frequência que admitia também a «confissão devocional».
O Concílio Vaticano II incumbiu que se revissem: «o rito e as fórmulas da Penitência, de modo a que exprimam mais claramente a natureza e o efeito do sacramento». Em todos os casos, por parte do ¬penitente, o sacramento pressupõe o arrependimento interior, a confissão das culpas graves e a disposição de fazer as obras de satisfação. Por parte do ministro da Igreja, além do acolhimento e dos oportunos conselhos, sobretudo a absolvição.

 

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