Evangelho incómodo !

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O discurso de Jesus deste domingo vem na linha do das bem-aventuranças. De tão sublime e quase impossível torna-se incómodo, e a tentação de rasgar ou virar rapidamente a página é compreensível. Mais parecem palavras proferidas por um sonhador que desconhece o coração humano e não sente no mais profundo de si mesmo a força da “lei de talião”, que nos inclina para o ódio e para a vingança.
Jesus, porém, conhecedor da natureza humana e do que é capaz, não hesita em propôr hoje um caminho de libertação e felicidade, que eleva o relacionamento entre humanos à fasquia máxima do amor e do perdão. Só possível com a Graça de Deus.
Apesar de incómodo e difícil, este Evangelho é para todos. E não nos podemos escandalizar com o que vai à nossa volta, porque somos todos muito bons e educados enquanto nos sorriem e tudo nos corre ao gosto, mas facilmente perdemos as maneiras e estala-se-nos o verniz diante de algum contratempo, incompreensão ou mau trato.
Precisamos da graça de Deus, para exercitar sempre o amor, o perdão, a compreensão e a benevolência na relação com os outros, porque passa por aqui o agir próprio do discípulo de Cristo.

P. Fausto

in Diálogo 1645 (VII Domingo do Tempo Comum – Ano C)

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