Todos Profetas ?

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Deus não sofre de stress, não tem pressas, nem esgota a paciência com a humanidade, apesar das nossas histórias desencontradas, desvios, perversões e até escândalos. Por isso, em todos os tempos, houve quem, mesmo neste “deserto”, fosse voz da Boa Nova da Salvação de Deus.
Assim aconteceu com João Baptista, que não se cansava de dizer: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas, aplanai os obstáculos…” ou, bem perto de nós, com o Papa Paulo VI, quando discursava na sede das Nações Unidas, em 1965, dizia à humanidade: “Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! Se vós quereis ser irmãos, deixai cair as armas das vossas mãos…”
Mas não só enviou Deus a estes a Sua Palavra e os constituiu profetas, no seu tempo. Também a nós Deus escolheu e tornou profetas pelo Baptismo. Ainda que a nossa voz não ecoe tão longe ou não seja por todos escutada, nenhum baptizado se pode, porém, dispensar de ser, no ambiente em que vive e no espaço que ocupa, pela profissão que exerce ou serviço que presta, voz e presença deste Reino, que se realiza na história e caminha para a plenitude, atingindo em Cristo o seu cume.
A II semana do Advento merece um redobrado esforço para aplanarmos caminhos tantas vezes retorcidos da nossa vida e construirmos mais pontes consolidadas no diálogo, na solidariedade, no perdão e na paz… e assim, mais livres, sem máscaras e sem medos, seja a nossa mensagem cada vez mais cristalina e credível.

P. Fausto

in Diálogo 1634 (II Domingo do Advento – Ano C)

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