Experiência frustrante?

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Jesus não esquecera os caminhos da sua terra, nem perdera as raízes familiares e de vizinhança, por isso, não é de estranhar que O vejamos, hoje, em Nazaré. As expectativas do reencontro eram altas, alimentadas com a fama dos milagres e a sabedoria do discurso.
Bem cedo, porém, se percebeu que o coração daquela gente estava fechado à Boa Nova e mais interessado na manutenção ritualística dos preceitos religiosos, que na novidade radiosa da mensagem que Jesus, deles bem conhecido, era portador.
A expectativa deu lugar à dúvida, à incredulidade, ao juízo, à indiferença… E Jesus admirou-se da falta de fé daquela gente!
Apesar do desconforto, porém, não se exaltou, não acusou… e, constatando que não tinha condições para fazer na sua terra o bem que desejava, retirou-se. “E percorria as aldeias dos arredores, ensinando”.
Para os que “medem” o sucesso pelos resultados obtidos ou “semeiam” com direito a colher ou se envolvem se tiverem palco… terá sido uma experiência frustrante. Não para Jesus.
Para Jesus este “insucesso” não O bloqueou, enervou ou desgastou, mas motivou para ir a outras terras e alargar horizontes. Outra não pode ser a nossa atitude, hoje, ainda que a sociedade nos pareça cada vez mais longínqua e indiferente.

P. Fausto

in Diálogo 1617 (XIV Domingo do Tempo Comum – Ano B)

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