Dois Dedos de Liturgia (59) com o Papa

francisco_lapis

– OS RITOS DE COMUNHÃO (II)

(audiência de 14 de março 2018)

Com efeito, quanto pedimos no “Pai-Nosso” é prolongado pela oração do sacerdote que, em nome de todos, suplica: «Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz». E depois recebe uma espécie de selo no rito da paz: em primeiro lugar, invoca-se de Cristo que o dom da sua paz faça crescer a Igreja na unidade e na paz, segundo a sua vontade; portanto, com o gesto concreto trocado entre nós, expressamos «a comunhão eclesial e o amor recíproco, antes de receber o Sacramento». A troca do sinal de paz visa a Comunhão eucarística. Não é possível comungar o único Pão que nos torna um só Corpo em Cristo, sem nos reconhecermos pacificados pelo amor fraterno. É o Senhor quem concede a paz: Ele dá-nos a graça de perdoar a quem nos tem ofendido.
Segue-se a fração do Pão, que desde o tempo dos apóstolos conferiu o nome a toda a celebração da Eucaristia. Partir o Pão é o gesto revelador que permitiu aos discípulos reconhecê-lo depois da sua ressurreição.
A fração do Pão eucarístico é acompanhada pela invocação do «Cordeiro de Deus», figura com a qual João Batista indicou em Jesus «aquele que tira o pecado do mundo» (Jo 1, 29). A imagem bíblica do cordeiro fala da redenção. No Pão eucarístico, partido pela vida do mundo, a assembleia orante reconhece o verdadeiro Cordeiro de Deus, ou seja, Cristo Redentor, e suplica-o: «Tende piedade de nós… dai-nos a paz».
«Tende piedade de nós», «dai-nos a paz» são invocações que, da oração do “Pai-Nosso” à fração do Pão, nos ajudam a predispor a alma a participar no banquete eucarístico, fonte de comunhão com Deus e com os irmãos.

* continuamos a aguardar as vossas questões em
doisdedosdeliturgia@gmail.com

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