Apesar de tudo…

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Francamente, se olharmos o nosso mundo desde a Síria, e restantes países do Médio Oriente, à África, passando por outros continentes, vemos que a fome, a violência e a guerra têm as mãos livres. Formas vis e subtis de exploração humana e de violência inimaginável, disseminadas pelos quatro cantos da terra, acrescidas ao peso da cruz que cada um carrega, podem roubar-nos a força para a alegria e reduzir o horizonte da esperança. E é neste mundo, assim, que a Igreja nos convida a celebrar o Domingo da Alegria.
Só Deus nos faz rebuscar nos fundos do baú da memória razões para cantarmos a antífona de entrada da Missa de hoje: “Alegra – te, Jerusalém!… Exultai de alegria”.
Por muito que nos custe a realidade nua e crua, a alegria é possível, mais, é necessário e urgente dar-lhe rosto e voz. E ninguém mais e melhor que os cristãos poderá fazê-lo.
Não ignorando a realidade, temos a graça de ancorar a nossa alegria no amor incansável de Deus pelos homens, que, apesar das suas “infidelidades e costumes abomináveis”, não demovem Deus do Seu projecto de salvação. É isto que faz de nós incorrigíveis optimistas!

P. Fausto

in Diálogo 1600 (IV Domingo da Quaresma – Ano B)

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