70X7 = sempre

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O perdão é o tema dominante da Liturgia da Palavra deste domingo, e é de tal modo importante que Jesus no Evangelho, respondendo à dúvida de Pedro, afirma, de várias maneiras, a necessidade de perdoar não apenas algumas vezes, mas sempre.
Não é fácil perdoar, esquecer as ofensas, amar quem nos ofendeu ou prejudicou. Talvez por isso Jesus tenha insistido tanto neste tema; basta lembrar as várias recomendações do “Sermão da montanha” (Mt. 6), a oração do Pai Nosso e a oração de pedido de perdão ao Pai, na alto da cruz, pelos que O condenaram e crucificaram…
Neste mundo ninguém é credor. Todos somos devedores, uns mais que outros, é certo, mas todos imensamente devedores. A Deus e aos outros. Quem pode, pois, pagar algum dia o dom da vida, da família, dos amigos…?
“Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”, lembra Jesus, porque a medida do perdão é perdoar sempre. Como Deus. Eu sei que é difícil, dificílimo perdoar de todo o coração, mas sei também que a última palavra de Deus para mim, que jamais serei credor, será de compaixão e misericórdia.

P. Fausto

in Diálogo 1575 (Domingo XXIV do Tempo Comum – Ano A)

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