Comum mas não banal. A vida não é apenas feita de festas; uma melodia não tem apenas tempos fortes e a natureza não está sempre em flor. Tudo na vida tem os seus tempos, os seus movimentos, em ordem a novos impulsos e novos passos.
A Liturgia também respeita este ritmo. Os domingos do Tempo Comum são domingos em que o cristão, sempre envolvido na dinâmica transformadora do Mistério Pascal, vive o seu compromisso de fidelidade cristã nos bons e maus momentos da comum existência.
Ser bom um dia não custa muito; fazer uma coisa extraordinária ou ser herói uma vez pode não ter grande mérito. O verdadeiro heroísmo está em fazer bem feitas as coisas mais normais do quotidiano, apesar da rotina e do cansaço. Este é o tempo comum que vivemos e celebramos, e nada mais nos ajuda que atender ao anúncio forte, claro e vigoroso de João Baptista aos seus discípulos: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Palavras que nos são dirigidas, para não serem esquecidas, em cada Missa, antes da comunhão.
É a resposta generosa ao desafio de João Baptista que torna o tempo comum da nossa existência em Tempo de Graça e de Páscoa.
P. Fausto
in diálogo 1546 (II Domingo do Tempo Comum – Ano A)
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