Elogio da esperteza!

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A liturgia de hoje acautela-nos para a tentação que se apresenta ao homem convencido de encontrar a felicidade no dinheiro e cujo projecto de vida se resume a enriquecer, e quanto mais depressa melhor, mesmo à custa da paz da consciência e dos direitos dos outros. Para este tipo de gente os fins justificam os meios, desde que se enriqueça!
A tentação, que não afectava apenas um grupo de pessoas no tempo de Amós e de Jesus, revela-se hoje de modo subtil, criativo e sofisticado, torna cada vez mais difícil o exercício da justiça e faz aumentar o número dos que pensam que o crime compensa. Há, pois, que ter cuidado, porque a honestidade enfraquece com a preocupação de fazer crescer a riqueza.
O trecho do Evangelho, ao chamar a atenção para a esperteza do administrador desonesto, podendo suscitar dúvidas e perplexidades, e até provocar rejeição por parte de algumas pessoas, não é elogio à aldrabice, à desonestidade e ao roubo, mas um apelo à esperteza e inteligência no bom uso do tempo e dos bens. Na hora da verdade, na hora de se prestar contas da qual nunca se sabe a hora, não valem as contas bancárias, os investimentos altamente rentáveis ou a carteira imobiliária, mas somente o bem feito com os bens de que, afinal, somos meros administradores.

P. Fausto

in diálogo 1529  (XXV Domingo do Tempo Comum – Ano C)

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