E porque não eu?

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A liturgia da Palavra continua neste domingo a mostrar-nos o interesse de Deus pelo Seu Povo, através da acção de homens que Ele livremente escolhe e envia para serem Seus mensageiros: Amós na primeira leitura e os Apóstolos no Evangelho.
Depois de termos contemplado, nas últimas semanas, a figura de Ezequiel, assistimos hoje à vocação de Amós, que humanamente nada tem que o recomende para a missão confiada. Oriundo de família humilde, sem jeito nem estudos, sem horizontes nem outra ambição que cuidar do rebanho de outros e tratar das árvores do quintal, é o escolhido: “vai, que hás-de ser o profeta do Meu povo de Israel”.
As dúvidas e resistências de Amós, compreensíveis e comuns na história de qualquer chamamento, foram superadas pela confiança em Deus, que sabe bem o que quer e capacita aqueles que chama e envia.
A iniciativa, porque é sempre de Deus, confere ao profeta a liberdade, a independência e a capacidade necessárias para o desempenho da missão, cabendo-lhe apenas que seja fiel e corajoso, pobre e desprendido. O resto é das contas de Deus.
Assim aconteceu com Amós e os Profetas, com os Apóstolos e com todos os que o Senhor, ao longo da história, escolheu. E ainda não desistiu nem cansou de chamar. Digam-no os Diáconos João Santos e Pedro Barros, ordenados na nossa Igreja Catedral, neste domingo, para a ordem dos presbíteros…

P. Fausto

in diálogo 1480 (XV Domingo do Tempo Comum – Ano B)

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