Estranha rejeição!

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O Evangelho deste domingo mostra como a vida de Jesus, apesar de muitas vezes aplaudido e fervorosamente seguido, não é propriamente um mar de rosas, com passadeira vermelha, fanfarra e guarda de honra.
Hoje encontramo-Lo em Sua terra, Nazaré, talvez para descansar, visitar a família, rever amigos… sem nunca esquecer que a Sua missão não é matar saudades ou fazer turismo, mas anunciar a Boa Nova do Reino, revelando na vida quotidiana a presença amorosa, benevolente e misericordiosa de Deus, que nunca abandona o Seu Povo.
Mas os conterrâneos conhecem-nO bem. Sabem que as suas mãos ainda mostram os calos do trabalho na carpintaria, conhecem pelo nome a mãe, os irmãos e irmãs, toda a família, admiram a sua pregação e até Lhe reconhecem poderes especiais de cura, mas nada que O recomende como Messias. A sua origem humilde e sem pergaminhos não o credita como Filho de Deus. ” E ficavam perplexos a seu respeito”! Porquê?
Porque Deus, sem rosto, nem coração, nem mãos, não se deixa contaminar pela proximidade com as pessoas, nem pode ser solidário com os mais necessitados; em suma, não se pode preocupar com os problemas mesquinhos do dia a dia… e é tudo o que Jesus não faz. Daí o escândalo!
Apesar de rejeitado, Jesus não recrimina, nem condena os seus conterrâneos e não deixa de fazer o melhor que pode em favor do seu povo, porque a Sua missão é mostrar o coração e o rosto de Deus, que nos ama infinitamente e que nunca desiste de todos e de cada um de nós. Mas isto não quiseram entender os habitantes de Nazaré!

 

P. Fausto

in diálogo 1479 (XIV Domingo do Tempo Comum – Ano B)

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