Ano da Vida Consagrada – Nov.2014 – Fev.2016

 

Estamos a viver um ano dedicado à Vida Consagrada, até 2 de Fevereiro de 2016, por determinação do Papa Francisco. Por isso, e dada a bela e luminosa presença de institutos religiosos e seculares na nossa Paróquia, publicamos mais um testemunho.

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IRMÃS DOMINICANAS DE SANTA CATARINA DE SENA

As Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena foram fundadas por Teresa de Saldanha na clandestinidade. Teresa nasceu no dia 4 de Setembro de 1837, filha dos terceiros condes de Rio Maior.
Desde cedo norteou a sua vida pelo amor a Deus e aos pobres. Entregou-se, de alma e coração, como voluntária e fundadora, ainda muito jovem, à Associação Protetora das Meninas Pobres, para a promoção e educação da mulher. Ao discernir uma vocação religiosa, abraçou a cruz da proibição dos pais e da ausência de qualquer vida religiosa em Portugal. Guiada só “pela vontade de Deus”, teve a consolação de fundar a Congregação das I.D.S.C.S.
Por um decreto real de 5 de Agosto de 1833, no Mosteiro de Jesus, como noutros conventos, foi proibida a emissão de votos. Por morte da última religiosa, em 1874, e a pedido da população de Aveiro, o Governo permitiu que no convento continuassem a viver as pupilas (senhoras que quiseram ser freiras), aí permaneceram, abrindo estas uma escola para crianças pobres.
Devido às enormes dificuldades económicas, recorreram, como outros já tinham feito, a D. Teresa de Saldanha. Também D. Manuel Correia de Bastos Pina, bispo de Coimbra, onde se integrava Aveiro, insistiu para que as Irmãs Dominicanas assumissem o Mosteiro de Jesus. Esta fez muitos melhoramentos no edifício e as Irmãs Dominicanas vieram em Outubro de 1884. Incumbiram-se do colégio, da casa e das relíquias da Princesa Santa Joana de Aveiro, que aí vivera de 1472 a 1490. Foi primeira Superiora a Madre Inês Champalimaud Duff. Esta casa sofreu algumas perturbações motivadas por grupos revolucionários, mas continuou a sua missão até à implantação da Republica, em 1910.
Teresa de Saldanha faleceu a 8 de Janeiro de 1916, após sofrer a perseguição, a espoliação e a expulsão com a revolução republicana, manteve a esperança, a fé, e viu a sua obra nascer noutros países.
Em 1953 as Dominicanas regressaram a Aveiro para abrir um Pensionato para meninas estudantes. Anos depois transferiram a obra para o Bairro de Santiago, para uma casa com mais condições. No entanto em Julho de 2004, com a tributação ao Estado por parte das obras sociais da Igreja Católica, não pôde continuar. Então, esta casa foi convertida em casa de acolhimento a grupos, é também uma casa de repouso/enfermaria para as Irmãs doentes ou de muita idade. Desde Setembro de 2011 é também um Centro Vocacional, que procura dinamizar atividades e acolher, procurando “fazer o bem sempre e onde seja possível”, como dizia Teresa de Saldanha.

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