Ainda soam fortes os ecos dos coros celestes, a anunciar ao mundo o Nascimento do Messias, e já nos detemos sobre a família de Jesus.
A vida familiar de Jesus não devia diferenciar-se da que viviam os seus conterrâneos. Dado o ambiente modesto, externamente devia ser uma família simples, discreta, e, mesmo, apagada, igual às demais famílias da sua terra, fortemente imbuída e solidamente construída nas palavras sábias do livro do Ben-Sirá. A única diferença em relação às outras famílias – e essa, sim, era abismal! – estava no clima de intensidade espiritual em que Jesus, Maria e José viviam e no amor que os unia e que os torna absolutamente exemplares.
Numa sociedade que tende a relegar o ambiente familiar para o reino das fábulas, necessitamos de recordar a convivência com os pais, o respeito e carinho para com eles, a assistência afetiva e efetiva, que lhes é devida, a ajuda moral, material e espiritual, se necessária, como nos diz o Livro do Ben-Sirá, e S. Paulo na carta aos Colossenses em relação a todos os membros da família.
Maria alimentou Jesus de leite, de cuidados e de sonhos e José providenciou pelo seu sustento e proteção; ambos se esmeraram na sua educação integral, humana e religiosa, mas, conscientes de que nenhum filho é feliz vivendo só de pão, proporcionaram-Lhe a mais bela experiência humana de Amor e de Deus. É uma Família original!
Que a Sagrada Família de Nazaré que hoje celebramos abençoe as nossas famílias.
P. Fausto
in diálogo 1452 (Solenidade da Sagrada Família de Jesus, Maria e José – Ano B)
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