Há Viver e viver!

20140360_XXXIIIa

 

O termo do ano litúrgico aproxima-se e a Palavra de Deus deste domingo já suscita em nós sentimentos de expectativa, vigilância e fidelidade, associados à certeza da “Vinda do Senhor”.
Entretanto, há que viver a simplicidade da vida de todos os dias, olhar com amor os deveres quotidianos, evitar a todo o custo os efeitos nocivos da monotonia e da rotina em que é preciso fazer escolhas, e não raro dolorosas, para fazer crescer os talentos confiados por Deus a cada um, para o serviço de todos.
A liberdade dos pobres, que fazem de qualquer dádiva que recebem, mesmo pequena, motivo de alegria, deve ser bandeira de todos os que procuram valorizar a grandeza das coisas diárias, vivendo-as sempre como oportunidade e graça; de contrário, far-se-á do ter o objectivo da existência e confirmar-se-á a regra dos que, tendo tudo, nada agradecem, porque nada lhes basta.
Deste perigo, sempre à espreita, há que viver atentos, e a parábola dos talentos que Jesus contou, serve para todos. Se tudo na vida é uma questão de amor, é a generosidade que a torna grande, ainda que no tempo seja breve. Deus não exige impossíveis, apenas espera que façamos render os talentos recebidos, na proporção devida e segundo as capacidades de cada um, sem medo, com simplicidade, diligência e confiança.

 

P. Fausto

in diálogo 1446 (XXXIII Domingo do Tempo Comum – Ano A)

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