Nada ficará de pé

Um dia virá em que de todas as obras de arte e engenharia, catedrais e lugares de culto, trincheiras, palácios ou conventos, “não ficará pedra sobre pedra”, diz-nos Jesus, hoje, no Evangelho.
Não há construção humana alguma que seja eterna, por mais sólida e defendida que esteja, mas o homem, sim, é eterno, apesar dos terramotos, inundações e guerras. No fim, temos a promessa de nem um só cabelo da nossa cabeça se perder. Tudo passa, mas a última palavra é sempre de Deus.
Jesus, não responde à curiosidade dos discípulos sobre o dia do fim do mundo, mas alerta para a nossa responsabilidade, enquanto por cá andamos. O cristão está no mundo, não foge do mundo, mas cuida dele, neste processo permanente de nascer e morrer.
Para lá das guerras, do ódio e cataclismos, para lá da própria morte, temos um Deus, que se preocupa connosco, não nos abandona e nos garante amorosamente a Sua fidelidade e atenção aos mais insignificantes pormenores da vida. Esta certeza, que nos dá paz e inspira confiança, não nos desresponsabiliza da tarefa de cuidarmos deste mundo, de modo a tornar-se cada vez mais a casa comum, onde todos se deveriam sentir mais felizes.

P. Fausto

in Diálogo nº. 1798 (Domingo XXIII do Tempo Comum – Ano C)

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