Ainda fresco o anúncio dos Anjos aos pastores e já celebramos festivamente neste Domingo a Sagrada Família de Nazaré, fonte inspiradora e modelo acabado para todas as famílias, em qualquer tempo e circunstância.
Terminada a peregrinação anual a Jerusalém, pela Páscoa, Maria e José, de volta a casa, dão-se conta da ausência de Jesus e procuram-no ansiosamente por toda a parte. Só ao terceiro dia O encontram no templo a dialogar, apesar dos seus 12 anos, com os doutores.
No coração de Maria e José a angústia dá lugar ao assombro e admiração, sem passar pela reprovação e castigo. Maria não censura Jesus, mas quer compreender e pergunta: “Filho, porque procedeste assim connosco?”
Belíssimo modelo de diálogo, sem ressentimentos, que sabe interrogar sem acusar, mas que também sabe aceitar uma resposta incompreensível e guardá-la no íntimo do coração: “Não sabíeis que eu devia estar na casa de meu Pai?”
Que diz a Sagrada Família de Nazaré, que experimentou momentos de crise e de angústia como este, às nossas famílias, com tantas fragilidades e sonhos? Diz, sem dúvida, que a vocação à família é santa como a do sacerdócio, como a da vida consagrada religiosa ou secular ou como a de um monje ou monja na sua clausura. Basta que apenas nos mova o Amor, como na Família Sagrada de Nazaré.
P. Fausto
in Diálogo nº. 1894 (Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José – Ano C)
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