A experiência missionária do Evangelho de hoje (Mc. 6, 7-13) roça o radical. Questiona-nos a pobreza dos doze e a grandeza da missão. Partem sem nada. Apenas com um imenso fogo no coração, uma inabalável confiança e um pequeno manual de procedimentos. Nada mais.
Nenhum de nós tem menos que os Apóstolos, por isso nenhum de nós pode dizer que é mais pobre, pequeno, sem cultura ou inapto para testemunhar o Evangelho…
“E ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser o bastão”. E eles partiram sem pão, alforge, cartão de crédito ou de débito… apenas seguros da Palavra de Deus. Só assim experimentariam que “tudo o que não serve, pesa” e que Deus capacita sempre os que escolhe e envia em missão.
A missão dos Doze, mais que viagem a uma qualquer terra, é vigoroso convite à viagem ao mais profundo de nós mesmos, onde se descobrem sempre coisas que nos amarram, dificultam ou impedem a resposta confiante e generosa ao chamamento que Deus faz a cada um.
P. Fausto
in Diálogo nº. 1877 (Domingo XV do Tempo Comum – Ano B)
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