Após a noite tormentosa no mar da Galileia, uma multidão esperava Jesus no outro lado da margem, ávida de uma palavra, de um toque ou de um gesto salvador. Jesus deteve-se, então, algum tempo mas não muito, porque Jairo, chefe da sinagoga, apresenta-se aflito, porque a filha estava a morrer, e pede que o acompanhe. E Jesus não se demorou.
Ainda a caminho, chega a notícia da morte da menina e o consequente reconhecimento de que nada mais havia a fazer. Jesus, porém, não Se conforma e diz a Jairo “Não temas; basta que tenhas fé”, como que a dizer-lhe: calma; confia; é Deus quem tem sempre a última palavra. E retomou o caminho.
Chegado a casa do chefe da sinagoga, Jesus depara-se com um ambiente de grande alvoroço, que em nada ajuda o silêncio recolhido que a morte deveria provocar, e não se contém. Manda sair toda a gente, toma consigo o pai e a mãe da menina, entra no seu quarto e pega-lhe na mão, indiferente à impureza legal que o toque na morta provocava, e diz “Levanta-te”. E a menina levantou-se e recomeçou a caminhar.
Em todos os momentos, por mais dolorosos que sejam, o mesmo Jesus continua a dizer-nos “Levanta-te”, isto é, ressuscita, tem coragem, não desistas, confia em Deus… Bem necessário se torna ouvirmos palavras como estas, que tornam luminosos e felizes os dias que nos parecem dolorosos e sombrios.
P. Fausto
in Diálogo nº.1875 (13º Domingo do Tempo Comum – Ano B)
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