Há dias e dias. Há dias verdadeiramente cinzentos que convidam, mesmo os valentes, a desistir. Jesus também os experimentou.
Para uns era o profeta de Deus, para outros estava possuído pelo diabo e para a família o que precisava era de uma boa cura de sono. No meio de tudo isto, a sensação de solidão e incompreensão!
Mas Jesus não desarma e aproveita a ocasião para esclarecer que no seu projecto de felicidade, sem dispensar e muito menos hostilizar a família, há algo mais importante que os laços de sangue e promete o cêntuplo a quem tiver “deixado pai, mãe, mulher ou filhos e também os campos”, para O seguir. Promete um coração multiplicado e um mundo finalmente afectuoso, numa nova arquitectura das relações humanas!
É este o Jesus que hoje nos desafia e que, para uns e para outros, não passa de louco e endemoninhado, apesar da multidão que O segue e persegue, a ponto de nem tempo Lhe dar para comer.
Como na nossa vida, também na vida de Jesus há momentos de solidão, incompreensão e amargura, mas nunca de desânimo e desistência, porque sabe que só vence e é verdadeiramente feliz quem faz a vontade do Pai. E Jesus bem o sabia por experiência.
P. Fausto
in Diálogo nº.1872 (Domingo X do Tempo Comum- Ano B)
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