Escrupulosamente cumpridores da Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor e oferecerem em sacrifício o que na Lei estava previsto. Era o que faziam os pais dos meninos primogénitos. Os de Jesus não foram excepção.
Curiosamente, no templo, ninguém os acolheu. A sua presença passou despercebida a todos, excepto a Simeão que, “movido pelo Espírito Santo”, se dirige, naquela hora, ao templo, e os saúda com todo o respeito. Apesar de ancião, as suas palavras não sabem a nostalgia por tempos há muito passados, nem são conselhos piedosos àqueles jovens pais, mas fala-Lhes do futuro salvífico e luminoso daquele Menino que têm nos braços. O mesmo aconteceu à velhinha Ana, que, entretanto, veio ao templo fazer a sua oração.
Até agora, só os olhos dos pastores, dos pobres, dos humildes, dos anciãos, reconhecem naquele Menino, com alegria, o Salvador. Hoje não é diferente, pois são numerosos os distraídos, os indiferentes, os agnósticos e os descrentes, que, mesmo baptizados, não têm tempo para contemplar o Presépio e descobrir na Sagrada Família a fonte de Bênçãos e a inesgotável inspiração para a vida pessoal e familiar.
P. Fausto
in Diálogo nº. 1849 (Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José – Ano B)
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