“Como ovelhas sem pastor”

Jesus dava frequentemente conta de que havia muita gente que vivia fatigada e abatida, desanimada, sem alma, sem liderança, sem esperança. Verdadeiramente como ovelhas sem pastor. E isso chocava-O profundamente e enchia-lhe o coração de compaixão.
Não faltavam mestres da lei e sacerdotes do culto e as sinagogas enchiam-se a cada sábado, mas as pessoas continuavam cansadas e abatidas, porque os seus problemas e preocupações não obtinham resposta de nenhum poder, inclusivé religioso. Ninguém cuidava delas.
Hoje, o retrato social não é assim tão diferente. A messe é maior e mais complexa e faz também aumentar consideravelmente as multidões que vivem como ovelhas sem pastor, por não verem atendidos os seus problemas e esperanças. Dessas, que Deus também ama e a quem nos envia, nos constituiu particularmente responsáveis.
Jesus não pedia no Evangelho funcionários mas trabalhadores. Funcionários havia muitos. Hoje também não é tanto de funcionários que precisamos, mas de pastores “com cheiro a ovelha”, na feliz expressão do Papa Francisco. Pedi-los, é cada vez mais necessário e urgente.

P. Fausto

in Diálogo nº. 1289 (Domingo XI do Tempo Comum – Ano A)

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