Na solenidade da Ascensão do Senhor, segundo S. Marcos, parece que Jesus tem pressa de fazer chegar ao coração de toda a criatura a novidade radiosa do Evangelho, ao confiar tão ingente tarefa a um grupo de onze homens, porventura amedrontados e confusos, e apoiados por um grupo de mulheres corajosas e fiéis. Continuam limitados, é verdade, mas a Graça torna-os alicerces inabaláveis e continuadores intrépidos do projecto de salvação, para toda a humanidade.
Hoje, apesar das imperfeições e de a nossa fé ser frágil, cabe a cada um de nós a missão, então confiada aos Apóstolos, de anunciar o Evangelho. Anunciar Jesus Cristo. Nada mais. Com a certeza consoladora da Sua presença, até ao fim dos tempos.
É esta certeza que torna feliz a “despedida”, que a Igreja celebra na solenidade da Ascensão, que não é desistência e afastamento, mas forma nova de presença atenta, permanente e não menos eficaz de Jesus. “E eles partiram a pregar por toda a parte”. A nós cabe, hoje, simplesmente, continuar a mesma obra.
P. Fausto
in Diálogo nº. 1868 (Solenidade da Ascensão do Senhor – Ano B)
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