O Tempo Pascal corre para o fim e o Evangelista João, de quem vimos seguindo, nestes últimos domingos, o Evangelho, lembra aos cristãos do seu tempo, então já duramente perseguidos, expressões que Jesus aplicou a Si mesmo na Última Ceia e se mantêm plenas de actualidade.
Neste domingo, sem hesitações, diz-nos “Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto e limpa todo aquele que dá fruto para que dê ainda mais fruto”.
Podar a vinha, toda a gente sabe, não é amputar, não é simplesmente cortar astes, mas limpar, orientar, ordenar, para que, mais viçosa e saudável, possa a videira dar mais e melhor fruto. E, se duvidamos, o melhor é ir ao campo.
No campo, facilmente verificamos que uma vinha não podada está triste, abandonada e doente, e os ramos, cada vez mais esguios e enredados, não apresentam, na hora da vindima, senão poucas e cada vez mais fracas uvas. Bem ao contrário a vinha cuidada.
Também a nossa vida, se não unida e alimentada pela seiva do Vivente, que é Jesus Cristo, se torna insignificante e corre o risco de esterilidade, à medida que o espaço para Deus for diminuindo.
P. Fausto
in Diálogo nº.1866 (Domingo V da Páscoa – Ano B)
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